quinta-feira, novembro 16, 2006

Estarei sempre aqui!

Mesmo quando algo está mal.
As pessoas não parecem encaixar-se no nosso mundo.
Quando esperamos mais do que aquilo que recebemos.
Quando damos muito mais de que recebemos.
Quando as pessoas nos olham indiferentes.
Pensa que haverá sempre alguém que....


... Podes desabafar e chorar no meu ombro.

E apesar de algumas vezes ausente
Estou sempre aqui para ti!
ADORO-TE mana linda!

domingo, novembro 12, 2006

O Pianista.



Sem dúvida um grande filme.
Poderia evetualmente dizer tudo o que me marcou ao ver este filme mas a lista seria extensa e perderia todo o encanto para quem fosse depois vê-lo.

Prefiro então dizer: Vejam o filme e desfrutem!

quinta-feira, novembro 09, 2006

O estado da Nação.

Dia de greve. E não só...
Começou por ser um dia produtivo... Saí atrasada de casa mas, devido à greve, conseguir chegar à faculdade ainda mais cedo do que o costume (sem o habitual e caótico trânsio). Pastar logo pela manhã. Umas conversas de corredor, rápidas e tão frequentes. Uma aula (das boas) em que o saldo é francamente positivo. Afinal os estudantes de medicina ainda têm alguma prática clínica... (por incrível que pareça...)
Depois chegou o inferno. À hora do almoço um telefonema em nada esperado. A minha avó tinha ido para as urgências. Ortopedia!
Vaguear pelo hospital sem saber muito bem onde ir. Lá encontrei (com ajuda) ortopedia... Mas afinal ela tinha mesmo ido tirar um rx... "Siga a linha preta, menina. Vai logo lá ter." E lá segui a linha preta até que cheguei a uma sala de espera/corredor alargado onde estava a minha avó numa maca, no meio do corredor (literalmente). Já tinha feito o rx e tinham-lhe dito que esperasse pelo maqueiro. E ela lá teve que esperar... Esperou mais de meia hora antes de eu ter lá chegado... E mais outra depois de lá estar... Do maqueiro ninguém sabia de nada. Aliás, ninguém sabia de ninguém. Olhava-se em volta e só se viam doentes a desesperar. Percorria-se um corredor e só se viam doentes. Médicos, enfermeiros e maqueiros nem vê-los.
Mas lá esperamos (que remédio) pelo maqueiro desaparecido... Até que a mostarda começou a subir-me ao nariz e comecei a ficar seriamente chateada. Andei atrás dos raros médicos e enfermeiros que esporadicamente apareciam, e nada. Encontrei finalmente um maqueiro, mas não o maqueiro do serviço.
- Olhe, desculpe lá, mas não há ninguém que leve os doentes para os serviços? Está ali uma pessoa com um traumatismo craniano e a minha avó está à espera há mais de uma hora pelo maqueiro e não aparece ninguém.

- Ahh... Eu não tenho nada a haver com isso menina. Eu não sou deste serviço. O maqueiro da manhã deve ter ido almoçar. O da tarde deve estar aí a chegar.
(Já passavam das 15 horas... Eu considero como tarde mas pelos vistos a tarde para uns começa apenas a partir das 16 horas ou mais...)

- E então as pessoas vão estar ali eternamente a um canto, literalmente?!

E com isto ele lá se resignou e levou a senhora do traumatismo craniano para o local devido. A minha avó ficou lá. Até que surge um outro maqueiro (mas note-se que não o do serviço) e eu quase que o obriguei a levar a minha avó para a Linha Amarela. E aí ficou durante mais algum tempo, a um canto. E depois transportaram-na para outro canto (um pequeno quarto onde estavam sensívelmente 4 doentes). Mais uma longa espera. Alguns sorrisos roubados aos doentes que lá estavam porque sabe tão bem quando podemos fazer um sorriso nos outros. :)
O médico enfim apareceu.
Com as dores com que entrou, umas picadas a mais e em hipoglicemia, a minha avó saiu do hospital. Os outros continuaram "a um canto"...

E é este o Sistema de Saúde Português.

O maqueiro. Esse nunca mais ninguém o viu...